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A decisão do juiz Emerson Tadeu Pires de Camargo detalhou que os dois devem ser julgados por homicídio com motivo torpe, fútil, embosca e ocultação de cadáver.
Interrogado em juízo, o réu Douglas informou que Natasha teria recebido ameaças pelo celular de um número desconhecido. Em seguida, ele foi até a chácara, onde se deparou com a vítima, que teria o atacado.
Alegou que para se defender segurou a vítima até que ela desmaiasse, sem saber que, na verdade, estava morta. Na sequência, o réu foi até a pousada da esposa e retornou com ela à chácara. Os dois transportaram o corpo no porta-malas, o colocaram no mato, jogaram gasolina e atearam fogo.
Natasha Oliveira negou que ocorresse prostituição em seu pensionato e que cobrava a diária de R$ 60 de cada pensionista.
À polícia, durante a reconstituição, o homem deu detalhes sobre o assassinato da vítima. Os dois ficaram no motel por cerca de 8 horas e consumiram bebida alcoólica, café e cigarro.
Na época, o crime ocorreu de madrugada, em uma estrada de terra sem movimento de carros. Enquanto os dois estavam hospedados, o corpo da vítima foi encontrado na estrada, sem documentos, carbonizado e com marcas de enforcamento.
A reconstituição do assassinato foi feita em dois lugares. O primeiro foi em uma chácara, na zona norte de Sorocaba, onde também funcionava um terreiro. Douglas afirmou que a matou no local durante uma briga.
Ele alegou à polícia que, na ocasião, se deparou com a trans na porta da chácara do casal e Vick teria o ameaçado. Uma desavença por dívidas teria sido a causa da discussão.
Reconstituição foi feita em Sorocaba e Itu — Foto: Carlos Dias/G1
Douglas contou que conseguiu enrolar um lençol no pescoço de Vick com uma técnica de artes marciais. Horas depois, ele afirmou que foi até uma pousada onde estava Natasha e contou sobre a versão.
Rodeado de policiais e peritos, no dia da reconstituição Douglas abriu o porta-malas e usou uma garrafa e um papel para simular a sequência do assassinato. Em determinado momento, ele revelou que os dois passaram em um posto de combustíveis e que usou gasolina e uma nota de R$ 2 para atear fogo ao corpo.
A vítima foi encontrada carbonizada no dia 28 de maio, em uma estada. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima também foi estrangulada.
Preso por matar trans estrangulada chora durante reconstituição do crime